terça-feira, 30 de abril de 2013

Conflitos na família lição nº5 - EBD - CPAD 2º trimestre 2013















Em minha vida de cristão, algumas vezes tive a oportunidade de conversar com casais em conflito matrimonial. A fonte do desentendimento em quase todos os casos era uma interferência externa na vida à dois. O marido que não abre mão de passeios com os colegas solteiros da empresa às sextas-feiras; a sogra do homem ou da mulher opinando no novo lar. Em suma, quando um dos cônjuges põe seu par em segundo plano a crise se estabelece. Notei que todos os casais que usavam o vocabulário "separação" durante as brigas, até mesmo apenas como uma arma de ameaça, como uma forma de atalho à solução de problemas, divorciaram-se.

O divórcio será abordado em outra ocasião com maior profundidade. Por enquanto, lanço uma prévia introdutória.
O tema divórcio quando analisado à luz bíblica sempre causa impacto na sociedade e na vida de muitos cristãos. A geração que está distante do Senhor considera as diretrizes bíblicas polêmicas e dispensáveis,procuram trechos na Bíblia para usar como base que justifique sua separação, enquanto muitos outros cristãos estão confusos devido às abordagens superficiais sobre o assunto. . 
Os judeus contemporâneos de Moisés maltratavam suas esposas. Casavam-se com elas em sua juventude e com o passar dos anos pediam carta de divórcio para atar-se em outro matrimônio com mulher mais jovem. O repúdio, motivado pelo envelhecimento ou quaisquer outros banais, ocorria devido ao estigma que o sexo feminino sofria por causa de Eva, induzida ao engano pela se no jardim do Éden.
Como profeta, Moisés foi autorizado por Deus a conceder o divórcio. A concessão aconteceu por causa de homens duros de coração
"A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele" - Lucas 16.16.
O tempo do Antigo Testamento foi um período em que a mensagem do Senhor é considerada sombras daquilo que viria a ser apresentado de forma perfeita. Embora não possamos desprezar as páginas veterotestamentárias, precisamos ter consciência que os cristãos não são dirigidos pela sombra da Lei, mas por Aquele que é a Luz do mundo, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo ( ). 
Jesus se fez homem para cumprir exemplarmente a Lei de Moisés em nosso lugar, nos desobrigando das práticas e do peso dos rituais judaicos, e nos livrou da maldição eterna que nos condenava. Desde então, a Igreja tem a oportunidade de permitir ser dirigida pelo poderoso Evangelho da Graça, seguir os essenciais ensinamentos do Filho de Deus, que é o único Caminho, a Verdade e a Vida Eterna..
Cristo esclarece sobre o divórcio. Revelou que não concordava com a cultura da sociedade judaica, que estigmatizava a mulher ao ponto de ela ser discriminada e não contada na genealogia dos hebreus. 
A dinâmica do Evangelho coloca marido e esposa em condições de igualdade, ambos estão obrigados a valorizar a instituição do casamento até a morte. A separação por motivos banais não é permitida aos dois. Segundo o entendimento que podemos extrair do Evangelho da Graça é que, o divórcio concedido por Jesus, só é permitido ao homem que foi traído pela esposa que cometeu relação sexual ilícita, e não tem condições de perdoá-la se ela se arrepender do pecado. No caso em que o marido é o adúltero e a esposa traída não quer perdoar, a mesma poderá separar-se por ser vítima de traição conjugal. Entretanto, tanto o homem quanto a mulher que não quiser reconciliar-se, estará cometendo adultério juntamente com quem vier a casar-se. 

Orientação de Jesus: "Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério" - Mateus 19.9.

Os ensinos de Pedro e Paulo sobre o casamento incentivavam a união conjugal, inclusive se um dos cônjuges fosse descrente:
Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações 1 Pedro 3:7.
Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias - Romanos 7.2-3.

"Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido. ( se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido ): e que o marido não se aparte de sua mulher" - 1 Coríntios 7.10-11.
"Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone. E a mulher que tem marido incrédulo e este consente em viver com ela, não deixe o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos. Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz ... A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor. Todavia, será mais feliz se permanecer viúva, segundo a minha opinião; e penso que também eu tenho o Espírito Santo" - 1 Coríntios 7.12-15, 39-40.

Deus é coerente, vivemos no período da Graça Divina, quando Deus nos concede a liberdade plena. Ele deu o casamento e também condições para viver acompanhado de uma pessoa pelo resto da vida. Não convém folhear as páginas bíblicas buscando aval para divorciar-se, mas para encontrar uma mensagem de restauração matrimonial.
A Graça possui parâmetro, que é a Lei de Cristo (Gálatas 6.2). Não devemos ser infratores da Lei do Senhor, uma das formas de desobedecê-la é destratar o cônjuge por causa de sentimentos inúteis. O coração do cristão deve ser límpido, tem a incumbência de apoiar sua companhia matrimonial. 

Não existe entornos no Caminho para o céu. Se o cristão casado se sentir extenuado pelos anos que se passam, precisa lembrar-se que a existência não termina aqui, além-túmulo todos que desprezam a Palavra do Senhor terão que prestar contar ao Autor da Palavra, todas as decisões de rebelião ao projeto do casamento virão à tona e cada ser humano receberá medida justa pelos rumos que resolveu caminhar neste mundo. 

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