quarta-feira, 3 de julho de 2013

Paulo e a Igreja de Filipos - lição nº 1: EBD - CPAD

No próximo domingo (7) começa mais um trimestre na Escola Dominical, um encontro semanal de ensino bíblico na maioria das igrejas evangélicas brasileiras. Especialmente na Assembleia de Deus, que trabalha com as revistas da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). Neste 3º trimestre a revista da faixa etária jovens e adultos enfocará o livro de Filipenses, escrito pelo apóstolo Paulo. O escritor das lições que serão estudadas durantes estes três meses é o pastor Elienai Cabral, um dos mais renomados teólogos da igreja brasileira. 


As escolas dominicais, acontecem todos os domingos de 9h00 às 11h30, na maioria dos templos evangélicos espalhados pelo Brasil, distribuidos por faixas etárias.
 

O nosso blog publica semanalmente um comentário complementar ao assunto da semana, escrito pelo blogueiro Eliseu Antonio Gomes. Bons estudos e vamos à aula:




Autoria, local e data da redação do livro de Filipenses

A Carta aos Filipenses foi escrita por Paulo por volta de 60/63 d.C., está no grupo das cartas de prisão (Filipenses, Filemon, Colossenses e Efésios). Pelo nome de Timóteo estar citado na saudação inicial, versículo 1, ele é considerado coautor, sendo que todas as orientações são creditadas ao apóstolo.

Paulo estava preso quando a carta foi redigida. Há controvérsia entre os estudiosos quanto à cidade em que ele estava no momento da redação. Alguns acreditam que estava em Cesaréia, outros em Éfeso, no entanto parece claro que estivesse em Roma porque menciona a guarda romana pretoriana - tropa de elite que cuidava da segurança do imperador (4.22). Contudo, é preciso considerar que os administradores de colônias romanas eram chamados de pretores (Atos 16.22, 35, 36, 38).

A cidade

Filipos foi fundada em 360 a.C. por Filipe da Macedônia, pai de Alexandre o Grande, construída na aldeia de Krenides em Tracia. Era uma pequena cidade usada como rota entre a Europa e a Ásia, serviu como um centro militar significativo e recebeu privilégios especiais. Sob o governo de Roma se tornou a principal cidade da Macedônia, um dos quatro distritos do que hoje é a Grécia.

Filipos foi a primeira cidade européia a receber o Evangelho (Atos 16.6-40). A casa de Lídia, uma negociante de púrpura, serviu para Paulo como ponto inicial para estabelecer o primeiro núcleo da comunidade cristã na região.

Os atos de oração e motivos da ação de graças do apóstolo Paulo

A relação que o apóstolo tinha com a igreja filipense era íntima e cordial. O apóstolo visitou Filipos diversas vezes. A Carta aos Filipenses retrata suas constantes orações e ações de graças por aquela comunidade. Escreveu a carta com o propósito de expressar seu sentimento de gratidão aos filipenses por suas assistências generosas; para informar o seu estado pessoal na prisão de Roma; transmitir à congregação a certeza do triunfo do propósito de Deus na sua prisão para levar membros da igreja de Filipos a se esforçarem em conhecer melhor o Senhor, conservando a unidade, a humildade, a comunhão e a paz.

Outros motivos pertinentes para escrever


O conteúdo apresenta ensinamentos doutrinários com extrema lucidez e a alegria do Espírito na vida do apóstolo. Além de agradecer, Paulo redigiu a epístola abordando o caráter de Deus, a alegria, o serviço, o conflito e o sofrimento dos santos. E com maior ênfase o senhorio de Cristo (o Kyrios de Deus, 2.9-10).

• 2.1-4 - Preveniu a comunidade cristã do perigo de cultivar o hábito da competição, egoísmo e individualismo ;
• 2.5-8 - Apresentou a doutrina da kenosis - a auto-humilhação ou auto-esvaziamento de Cristo, que é uma das passagens bíblicas mais importantes no Novo Testamento;
• 2.19-30 - Informou a visita de Timóteo e explicou a razão do retorno inesperado de Epafrodito;
• 3.1-3 - Alertou acerca dos pregadores judaizantes que depositavam a salvação nos costumes passageiros e na observação da Lei para aplacar os desejos carnais (Colossenses 2.23);
• 3.4-14 - Redigiu um retrato autobiográfico significativo.

Conclusão

Embora Paulo estivesse escrevendo da prisão, a alegria faz parte de todos os temas. O segredo de sua alegria está baseada no seu relacionamento com Cristo. Atualmente as pessoas desejam desesperadamente ser felizes, e debatem-se entre o sucesso, fracassos e obstáculos de cada dia. Os cristãos devem manter a fé e o ânimo, ser alegres em todas as circunstâncias, mesmo quando as coisas estão ruins, mesmo quando sentem vontade de se queixar, mesmo quando há motivo para estar triste. Por quê? Porque Cristo reina em todas as ocasiões. E assim como Paulo declarou, também podemos declarar: "posso todas as coisas naquele que me fortalece" (4.13).

E.A.G.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

A família e a igreja: lição 12 - 2º Trimestre - EBD CPAD

"E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e anunciar a Jesus Cristo" - Atos 5.42.

A família é o ambiente onde a pessoa se desenvolve como ser humano. Deus criou as famílias com a finalidade de executar o plano da redenção. Todas as instituições são formadas a partir delas, células-mães da sociedade.

O povo de Deus, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, foi formado a partir das famílias. Deus criou a raça humana através da primeira família, o casal Adão e Eva e seus filhos. Depois, através da conjunção carnal do casal Abraão e Sara separou uma nação para adorá-lo; e trouxe Jesus Cristo ao mundo por intermédio de Maria, contando com a fé e compreensão de José, que casou-se com ela e manteve o Verbo Divino durante sua infância até chegar ao amadurecimento físico e psicológico em ambiente familiar.


É possível existir família sem a instituição física igreja, de maneira instável espiritualmente, correndo o risco de ser vencida pelas dificuldades e fracassar. Mas em termos humanos e terrenos a instituição física igreja, não tem condições de existir sem que haja o conjunto harmonioso de núcleos familiares.

Deus planejou a existência da Igreja, a Noiva do Cordeiro, antes da fundação do mundo. Ela surgiu entre os seres humanos no Dia de Pentecostes, quando pessoas estavam assentadas numa reunião de família, habitação de alguns discípulos de Jesus Cristo (Efésios 1.3-4; Atos 1.13; 2.2).

A palavra lar tem origem no Latim (lare), e tem elo com a palavra lareira, cujo termo remete ao fogão de cozinha. Nos três primeiros séculos da era cristã, os cristãos se reuniram em lares das famílias mais abastadas para partir o pão e adorar a Deus. Provavelmente por causa das perseguições e pobreza, as comunidades não tinham condições de construírem templos (Atos 2.46; Romanos 16.5; 1 Coríntios 16.19; Colossenses 4.15; Filemon 2).

As famílias precisam cooperar para o crescimento saudável da Noiva do Cordeiro, que é composta de corações convertidos ao Senhor Jesus Cristo, e se consiste no organismo vivo e espiritual, independente de placas denominacionais.

Através da reunião das famílias no templo a igreja tem condições de realizar cultos. Arrecadar dízimos e ofertas, com o objetivo de manter o templo em boas condições para agregar os membros e visitantes, patrocinar missões transculturais e urbanas. O dinheiro entregue deve ser oferecido à igreja de maneira voluntária, como expressão da adoração, amor e gratidão ao Senhor.

No templo evangélico, as famílias recebem o alimento espiritual necessário, tem o apoio da "família de Deus" (Efésios 2.19). Recebe a exposição das Escrituras Sagradas, que é essencial a manutenção da fé em Cristo, recebe oração, participa de palestras e eventos pertinentes ao núcleo familiar, tem oportunidade de receber aconselhamento e visitas periódicas e ser capaz de viver neste mundo oferecendo bom testemunho cristão e sendo participante de todas as bênçãos divinas (Romanos 10.17).

No Salmo 122, encontramos a expressão de alegria de Davi. Ele relata o prazer de sua peregrinação a Jerusalém (versículos 1 e 2), que era o centro espiritual e cívico da nação (3, 5), e estando no templo ele orava pedindo paz e prosperidade (6, 9).

O apóstolo Paulo ao instruir os membros da igreja local e visível sobre como deve ser a estrutura familiar, segundo a vontade de Deus, apresenta as figuras do marido e da esposa de maneira sublime, como a união entre Jesus Cristo e sua Igreja (organismo invisível), por seis vezes, nos fazendo perceber que as as instituições física e espiritual são associadas e interdependentes (Efésios 5.22-23).

As instituições família e igreja são quase que sinônimas. Há integração bastante forte. O que ocorre no lar reflete na congregação no templo. Se há harmonia nas casas dos membros, haverá reflexos positivos na espiritualidade das reuniões de culto e o contrário também. Jamais uma igreja será avivada se seus membros foram integrantes de lares que estiverem contaminados com os costumes do mundo. Só pode existir igreja forte espiritualmente se ela for composta por casais e filhos amadurecidos na fé em Cristo.

Através da harmonia da igreja com a família, o grande projeto de Deus, que é a salvação da humanidade é empreendido.
E.A.G.

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Compilação de: Lições Bíblicas - Família Cristã - Lições 2: Eu e Minha Casa Serviremos ao Senhor, autoria a definir, página 10 a 16 - 2º trimestre de 2004, Rio de Janeiro - RJ, CPAD.

Belverede - Eliseu Antonio Gomes http://belverede.blogspot.com.br

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A família e a escola dominical - lição nº 11 - EBD - CPAD

 
"E guardarás os seus estatutos e os seus mandamentos, que te ordenei hoje, para que bem te vá a ti e a teus filhos" - Deuteronômio 4.40.

Segundo Elinaldo Renovato, articulista da edição Lições Bíblicas em apreço, a Escola Dominical (ED) é a maior agência de ensino bíblico da Igreja, que evangeliza enquanto ensina crianças, adolescentes, jovens e adultos.

A metodologia

Como um dos principais órgãos da Igreja, a ED desempenha seu papel impactando almas. Reúne oportunidades significativas para o crescimento de seus alunos, por meio de um programa de estudo sistemático da Bíblia, respeitando a cada faixa etária, alcançando-as com linguagem acessível.
 Nos bancos da ED o cristão tem na Palavra de Deus o crescimento adequado. Metodologicamente, uma vez por semana, em aulas gratuitas, milhões e milhões de vidas são discipuladas através da disponibilização de material didático preparado com o objetivo do ensino básico de teologia.

O ensino da Palavra de Deus

"E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro. E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse" - Atos 8.29-31.

No cenário mundial, é visível a onda de violência. É possível encontrar com facilidade focos de conflitos em diversos lugares e por vários motivos. Nos grandes centros urbanos, faz parte do cotidiano lamentáveis acontecimentos envolvendo, principalmente os jovens, adolescentes e crianças em atos delinquentes, confrontando as normas sociais e os valores humanos.

Jesus Cristo incumbiu a Igreja a evangelizar e a ensinar (Mateus 28.20; Marcos 16.15). As portas das igrejas estão abertas para todos, inclusive àqueles que ainda não aceitaram a Jesus como Senhor e Salvador podem frequentar as aulas da ED. É a vontade do Senhor que haja ensinamento bíblico amplo, pois ao recebê-lo a alma evangelizada cresce espiritualmente.

Ensinar requer dedicação (Romanos 12.7). O professor é uma pessoa voluntária que se prepara durante o meio da semana para responder para sua classe no domingo questionamentos relacionados com a Bíblia Sagrada e a vida cristã. Diferente do ambiente do culto, é na ED que o cristão tem contato com o ensino sistemático da Palavra de Deus, tem a oportunidade de analisar assuntos atuais à luz das Escrituras Sagradas, pode fazer perguntas sobre o tema exposto na lição, tem a chance de apresentar suas ideias, aplicar o que está sendo ensinado a sua vida, e desenvolver talentos em prol do Reino de Deus.
 
O objetivo do ensino em cada igreja

"Por esta causa vos mandei Timóteo, que é meu filho amado, e fiel no Senhor, o qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo, como por toda a parte ensino em cada igreja" - 1 Coríntios 4.17.

A família cristã não deve portar-se de maneira passiva diante da filosofia desse mundo, mas buscar a sabedoria de Deus para agir de forma crítica e seletiva, levantando sempre em consideração as reivindicações da Palavra de Deus.

Quanto tempo gastamos diante da TV ou do computador? Que tipo de programas assistimos na televisão e por quais sites navegamos na Internet? Vivemos num contexto totalmente distinto do que nossos antepassados foram criados: no século 19 surgiu o rádio; após 1950 surgiu a televisão; em 1970, a informática; e em 1990 a internet. Não faz muito tempo que poucos possuíam aparelhos celulares, hoje eles estão acessíveis e através deles podemos estar conectados com outros 7 bilhões de pessoas numa comunicação de dimensão quase que planetária.

A finalidade da ED é ensinar e incentivar a prática da Palavra de Deus, contribuir decisivamente para a formação espiritual, moral, cultural e social da família, para que seja sal e luz, influenciadora e não influenciada pela filosofia deste mundo moderno.

Ensinando as crianças

"Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele" - Provérbios 22.6.

De todas as influências que uma pessoa recebe durante sua infância, existem aquelas que são fundamentais e básicas, significantes, que a conduzirão para posicionamentos futuros como forte referencial.

Na ED, há o ensino com foco apropriado à faixa etária do aluno, através deste ponto de convergência o caráter cristão é desenvolvido de maneira ideal. O papel dos professores é importante na sua atividade educativa, faz ponte com a família. Os pais também são educadores de seus filhos. A formação do caráter das crianças tem início no lar.

O ser humano é complexo. As diferenças individuais influenciam na maneira como cada pessoa interpreta a sua realidade e interage nela em função das suas necessidades. Avaliar é uma ação que faz parte da essência humana. O verbo avaliar é resultado da contração latina "a valere", significa atribuir juízo de valor. Na ED as crianças, jovens e adolescentes, formam seu poder de avaliação de maneira perfeitamente estruturada na Palavra de Deus. Por este motivo os pais devem orientar e conduzir seus filhos às aulas bíblicas.

Conclusão

A ED é o importante departamento da Igreja devido ao ensino da doutrina cristã como base familiar, por focalizar as diversas mutações sociais nos diversos aspectos e fases da vida humana, com a finalidade de manter o cristão preparado para interagir em todos os processos da comunicação, e nesta interação ter condições de manter-se fiel ao Senhor, plenamente capacitado a utilizar todos os meios de comunicação sem que eles os prejudique.

A Palavra de Deus é vital ao ser humano. Todos precisamos de um ensino bíblico correto e sadio. Este ensino é oferecido de maneira metódica, clara e objetiva na ED. Ao receber o ensinamento da Palavra de Deus, os valores cristãos são fortalecidos em nossos corações e ao manter as orientações bíblicas avivadas em nossas vidas temos condições de caminhar em nosso cotidiano em comunhão com o Senhor, discernindo tudo e fazendo escolhas corretamente (Salmo 119.105).

E.A.G.

Compilações intercaladas com textos próprios de quem assina o artigo:
Ensinador Cristão, ano 14, nº 53, páginas 6, janeiro-fevereiro-março de 2013, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Ensinador Cristão, ano 14, nº 54, páginas 20, 41, abril-maio-junho de 2013, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Lições Bíblicas, edição mestre, Elinaldo Renovato, 2º trimestre de 2013, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
Este artigo é um complemento ao estudo da Escola Bíblica Dominical (EBD) da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). Se você quiser se aprofundar neste assunto e em outros da bíblia sagrada, é só procurar uma igreja Assembleia de Deus no domingo às 9h30.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

A necessidade urgência do culto doméstico - lição nº 10 - EBD - CPAD


“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” - Romanos 12.1.





Antes de tudo o mais, o crente precisa entender o significado da palavra culto e a sua relevância. Paulo, dirigindo-se à igreja, apelou aos crentes para que se reunissem em culto racional (grego: logikên latreian), isto é, não se deixassem escravizar pela força do hábito e transformassem o local e momento de ajuntamento em mero ponto de encontro da pessoas, onde a liturgia de culto fosse a tônica principal, as apresentações religiosas ocorressem sem devoção verdadeira das almas. 



Adorando ao Senhor em casa 



Quando Jesus instruiu acerca da oração, ensinou como e qual o local ideal para orar. A sugestão de oração é a fórmula Pai Nosso. O lugar mais apropriado para expressá-la é à sós, na intimidade do aposento em nosso lar (Mateus 6.5-13). Assim, Cristo demonstra que Deus é companheiro em todos os momentos da vida do ser humano, está conosco no seio familiar e pronto para ouvir a cada um que, particularmente, se prostra em adoração sincera.


O culto que agrada a Deus é realizado por quem usa seu raciocínio lógico. Sabe qual é o motivo de louvar e a quem louva. O culto doméstico é um culto realizado por uma família, dentro do lar, reunidos os membros e outras pessoas que desejam dele participar, momento em que é lida e explicada a Palavra de Deus e cânticos são entoados, orações são feitas.


Os mais importantes conceitos da vida são formados na intimidade familiar. Nenhum cristão deve cultuar a Deus apenas no horário de reuniões na igreja. É um enorme desperdício não usar o tempo vivido na residência para adorar ao Senhor, pois se assim fazemos ampliamos a comunhão com Ele e é solidificada a comunhão familiar e cristã.


As Escrituras Sagradas indicam que é mister os pais ensinarem seus filhos a guardarem os preceitos divinos. Na agitação da vida moderna, os filhos passam muito tempo fora de casa, ficam entregues às influências da cultura deste mundo e pouco tempo na companhia de seus pais. Convém, portanto, reservar espaço de tempo em que estão em casa tendo em vista a estruturação da fé das crianças. Os momentos de culto doméstico são períodos para transmitir a fé (Deuteronômio 4.9; Provérbios 22.9; Efésios 6.4). 


"E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te" - Deuteronômio 6.6-7. "Assentando em sua casa": posição de descanso. "Andando pelo caminho": vivência da família em tarefas fora do lar. "Deitando-se": hora de dormir. "Levantando-se": ao acordar. Note que o culto familiar não se resume em alguns instantes do dia, a adoração ao Senhor deve ser incorporada ao cotidiano.


É salutar introduzir na rotina da casa o hábito da prática do culto doméstico. Não deve existir nada melhor do que examinar a Palavra de Deus junto com entes queridos. No ambiente familiar há aconchego diário, é o lugar em que coletivamente marido e esposa, pai e mãe, filhos e irmãos, possuem mais oportunidades de dedicarem momentos para ler e explanar conteúdo bíblico, entoar hinos e orar.


Se isso ocorre, é desenvolvido no coração das crianças o princípio da adoração a Deus, desperta nelas a vocação cristã, além de sedimentar em seus corações princípios morais. Tal experiência produz estabilidade espiritual, é fator de muita alegria e paz. Laços familiares que outrora eram de desavenças e desunião se fortalecem em afeição, amizade e harmonia. O exercício da santificação se instala entre todos. Surgem motivos para testemunhar a ação benéfica de Deus no âmbito familiar, os membros da família tornam-se participantes de bênçãos cuja origem são os momentos de cultos domésticos.


Enfim, o culto doméstico traz muitos benefícios aos servos de Deus, à igreja e à sociedade.


Eliseu Antonio Gomes - http://belverede.blogspot.com.br/


Compilações intercaladas com textos próprios de quem assina o artigo:

Ensinador Cristão, ano 14, nº 54, página 40, abril-maio-junho de 2013, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 

Lições Bíblicas -edição mestre, 2º trimestre de 2013, Elinaldo Renovato, Rio de Janeiro - RJ, (CPAD). 

Lições Bíblicas - A Família Cristã no Século XXI, Elinaldo Renovato, 2º trimestre de 2013. Rio de Janeiro - RJ, CPAD. 

Palavra Prudente (via Belverede), Neto Curvino, http://belverede.blogspot.com.br/2009/12/culto-racional.html .


Este artigo é um complemento ao estudo da Escola Bíblica Dominical (EBD) da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). Se você quiser se aprofundar neste assunto e em outros da bíblia sagrada, é só procurar uma igreja Assembleia de Deus no domingo às 9h30.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

A família e a sexualidade - lição nº 9 - EBD - CPAD

 


"E criou Deus o homem à sua imagem; a imagem de Deus o criou, macho e fêmea os criou" - Gênesis 1.27.




O mundo está dominado pela exposição corporal., apresenta a pornografia sem ruborizar e usa o sexo - criado por Deus - de maneira distorcida, o que tem confundido a mente de cristãos. Por este motivo o tema tem sido um enorme tabu para uma parte de pessoas que frequentam as igrejas evangélicas, enquanto outra parte se torna influenciada pelos desvios dos padrões divinos. 

A Palavra de Deus trata com seriedade a sexualidade, aborda o sexo pré-conjugal e a infidelidade no casamento com desaprovação de igual proporção aos homens e mulheres. Portanto, os cristãos precisam esforçarem-se para viver sua sexualidade em santidade, de forma irrepreensível. É preciso ser santo em toda maneira de viver, entender que o sexo dentro do casamento é uma bênção, foi planejado por Deus para procriação e satisfação física do marido e da mulher (2 Coríntios 11.2; 1 Tessalonicenses 3.13; 1 Pedro 1.15).



Deus condena a inversão de valores (Isaías 5.20). A mentalidade mundana despreza o que o Criador oferece. Gente mal resolvida em sua sexualidade zomba da castidade e da abstinência de cristãos solteiros. Não valoriza a prática sexual dentro do casamento, ao contrário, apresenta a monogamia como monotonia e incentiva o adultério e todas as formas de promiscuidades.


A experiência do sexo fora do casamento não pode nem se quer ser cogitada. O sexo irresponsável produz consequências ruins, como a dor do abandono, filhos não planejados e não reconhecidos, mães e avós assumindo filhos sem o apoio do pai, doenças sexualmente transmissíveis e um futuro com sérios problemas conjugais..


As Escrituras Sagradas condenam a prática homossexual. Apesar do cristão repercutir o que a Bíblia diz, jamais apoiará atitudes violentas contra gays. O uso da violência também é pecado!


O leito seja sem mácula (Hebreus 13.4). Em nenhuma circunstância cabe na vida dos cristãos que prezam pela santidade os maus desígnios do coração. Na intimidade heterossexual a dois não deve haver a traição conjugal, a prostituição, o modo antinatural das relações sexuais, a impureza, a impudicícia, o desrespeito, a tristeza (Mateus 15.19; Romanos 1.24-27; 1 Coríntios 5.10-11; 6.9-10; 2 Coríntios 12.20; 2 Timóteo 3.2-5).



Deus criou dois sexos: masculino e feminino (Gênesis 2.22-24). Segundo os estudiosos do idioma bíblico original, no versículo 23, os substantivos varão (ish) e varoa (isha) são traduzidos de uma única raiz hebraica, as palavras possuem sonoridade muito parecidas, indicando a unidade da natureza do homem e da mulher, a afinidade dos dois sexos e igualdade de direitos entre ambos. Gênesis 2.24 destaca o profundo significado da união matrimonial, indica que a intimidade do casal só deve ocorrer com dignidade, e após o casamento.



Deus multiplica as famílias como rebanhos (Salmo 107.41). O ser humano não foi criado para viver em solidão; é dotado de instinto social, sua tendência natural é desejar estar em companhia de seus semelhantes. A Palavra de Deus aponta o interesse pelo isolamento como ato de egoísmo e recomenda que todos busquem companhia de pessoas de bem (Provérbios 18.1; Eclesiastes 4.9-10; Salmo 128).


Ao criar o primeiro casal Deus formou a base da família. É a vontade de Deus que o marido e a esposa sejam felizes através da junção íntima de corpos, e por meio dessa alegria deem prosseguimento à ordem divina de que homens e mulheres perpetuem suas gerações. Espera-se que os filhos gerados na união recebam através do convívio diário com os pais o senso de companheirismo, comunhão, fraternidade, responsabilidade, fidelidade e amor.


Enfim, o valor do diálogo (Provérbios 18.13). As pessoas que gozam de sanidade mental desejam ser felizes. A maioria delas pensa que ser feliz é "enxergar tudo azul". Porém, segundo as Escrituras Sagradas ser feliz é ver e aceitar a vida segundo a ótica divina e entender a realidade de tudo. Por toda a Bíblia Deus mostra o que é real e nos oferece o que é ideal.


Existem muitas complicações relativas à sexualidade no âmbito familiar. Quando o ser humano ouve o que Deus diz, através das páginas bíblicas, é capaz de ser realista, tem condições de aceitar que em sua passagem por este mundo terá a sua "cota" de aflições. Contudo, pode permanecer contente, pois tem plena consciência que o Senhor Jesus é maior que todos os problemas, tem a paz e a dá, e está sempre disposto a dirigir os passos de quem é sincero para que o mesmo encontre a solução de crises, sabe perfeitamente que Ele quer manter o justo em pé (Salmo 37.23; 130.5-6; Provérbios 24.16; João 16.33; 14.27).


É conversando que marido e mulher constroem casamentos sólidos. Na conversa, a esposa poderá se surpreender com a descoberta de que o homem com quem casou se interessa por sua amizade. E o marido tem a chance de descobrir que a mulher é carente de sua atenção no campo emocional.


É através da conversa onde a comunicação é valorizada entre pais e filhos que os pais transmitem todos os ensinamentos básicos, a orientação no tempo certo e a advertência pertinente aos seus filhos. E de igual maneira é pela comunicação de mão dupla que os filhos têm a chance de expor o que querem dizer e desconstruir dúvidas importantes. Se os filhos são ouvidos jamais se sentirão rejeitados, amargurados e irados. E se os filhos atendem aos ensinamentos dos pais, tornarão seus progenitores mais felizes e agradarão a Deus, que os recompensará com bênçãos em uma vida longa.


Ouvir é um ato de amor. Deus ouve você; ouça ao Senhor e a quem se dirige a você.


E.A.G.

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Texto de autoria de quem o assina mesclado com compilações de: 

Bíblia de Estudo da Mulher, notas de diversas autorias, página 562, Belo Horizonte - MG, edição 2002, (Atos). 

Bíblia da Família, notas de Jayme e Judith Kemp, página 112, Barueri - SP, edição de 2007, (SBB).

Ensinador Cristão, ano 14, nº 54, página 40, abril-maio-junho de 2013, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).

Lições Bíblicas -edição mestre, 2º trimestre de 2013, Elinaldo Renovato, Rio de Janeiro - RJ, (CPAD). 

Belverede - Eliseu Antonio Gomes http://belverede.blogspot.com.br





Este artigo é um complemento ao estudo da Escola Bíblica Dominical (EBD) da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). Se você quiser se aprofundar neste assunto e em outros da bíblia sagrada, é só procurar uma igreja Assembleia de Deus no domingo às 9h30.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Educação cristã: responsabilidade dos pais - lição nº 8 - EBD - CPAD


Com certeza, a educação cristã é uma das mais importantes responsabilidades dos pais, como afirma o título da lição número 8 da revista Lições Bíblicas, comentada por Elinaldo Renovato, publicação da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).


O ensinamento cristão fortalece as famílias. Se desejamos uma sociedade mais justa e solidária, precisamos enfatizar o valor da Palavra de Deus e usá-la à Educação Cristã na família.





A Igreja e a responsabilidade dos pais na criação dos filhos



Jesus provê mestres para sua igreja, e assim ela tem condições de assumir a função de orientadora e como tal instruir eficazmente pais e filhos segundo a Palavra de Deus (Efésios 4.11; Mateus 28.19-20). Ainda que os pais recebam apoio e assistência da igreja para educar os filhos, a autoridade e educação cristã das crianças, adolescentes e jovens, é um dever intransferível e pessoal dos pais.


Os filhos são herança do Senhor (Salmo 127.3) 


De acordo com os preceitos das Escrituras Sagradas, os filhos são bênçãos de Deus para o lar.


Cabe aos pais usar com responsabilidade e amor a autoridade, que é legítima e imprescindível, visando a boa formação das crianças. Os pequeninos necessitam ter referencial paterno bem estabelecido, com limites justos, necessários e cristãos. Cabe aos filhos respeitar seus pais e ver neles "instrumentos" que Deus colocou em seus caminhos para conduzí-lo à maturidade física e espiritual.


Se os filhos acatam a autoridade paterna a vida deles é prolongada e bem-sucedida com as bençãos do Senhor (Êxodo 20.12). Se eles são ensinados corretamente por seus pais, segundo o temor do Senhor e os conselhos de sua Palavra, a vida em família é vivida num ambiente autenticamente doméstico, repleto de amor e tranquilidade.


A Educação Cristã e o curso deste mundo


A sociedade ocidental a cada dia omite mais a figura paterna na educação dos filhos. Os pais não devem temer serem taxados de ignorantes e antiquados ao assumir o controle paterno segundo a perspectiva cristã, pois a ausência deste exercício é a principal causa da crise de identidade no lar e da dissolução de muitas famílias.


O Senhor confiou a tarefa de educar aos pais. Mas infelizmente nem todos cumprem com a sua obrigação, não exercem a dinâmica à risca. Nota-se que a figura dos pais está cada vez mais ausente no processo de educação dos filhos. Não acompanham a vida estudantil, não apresentam aos filhos no convívio do lar a Palavra de Deus que edifica a vida espiritual de todas as almas. Uma das razões que levam os pais a confiar e justificar a educação dos filhos aos avós, babás e creches, são as pressões sociais e econômicas.


O casal unido em prol dos filhos


Nos dias atuais, certamente ser pai cristão, ou mãe cristã, e educar de acordo com os princípios cristãos não é uma tarefa sempre fácil, mas a fé cristã precisa ser ensinada e vivenciada no lar, equilibrando amor e disciplina na educação. Precisamos agradecer ao nosso bom Pai Celestial por nos ter deixado conselhos a respeito disso na Bíblia Sagrada.


O homem, apoiado pela esposa - construtora da família e da sociedade quando usa a sabedoria do alto -, deve exercer seu papel de pai na família. A posição de educador é um fator importante, uma missão prioritária dada por Deus. O pai e a mãe, juntos, devem ensinar os filhos sobre o plano de Deus para a vida deles, fazê-los conhecedores de que é necessário obedecer todas as coisas que Cristo ordenou. Quando os filhos aprendem a submeter-se à autoridade paterna, é mais fácil treiná-los para que se submetam à autoridade e disciplina de Deus, e eventualmente a autodisciplina necessária para uma vida de obediência ao Senhor (Deuteronômio 6.4-9; Salmo 78.5).


Os pais não podem desprezar o fato que a disciplina é essencial à vida social. É a disciplina que nos sustenta no caminho e na vontade de Deus. É preciso reconhecer a importância de se impor limites no processo da criação a fim de que os filhos tenham um comportamento conveniente para seu bem-estar e conduta apropriada para toda a sociedade.


Problemas de comunicação 



Desde quando Deus criou Adão e Eva quis comunicar-se com o ser humano. Desde o jardim do Éden Deus estava interessado em conversar com os casais. Esposo e esposa, pais e mães necessitam ter este relacionamento espiritual para que seus filhos possam aprender a ter comunhão com o Criador.


Para que a Educação Cristã seja bem-sucedida, e mister combater falhas de comunicação na família. Boa parte das dificuldades no relacionamento mútuo de seus membros diz respeito a falhas de comunicação. Os mal-entendidos podem começar de várias maneiras: a palavra dita na hora errada; a indiscrição "com a melhor das intenções"; a "mentirinha inocente"; o pedido de perdão que faltou.




Limites




É importantíssimo que os pais não irritem seus filhos, tratando o adolescente como criança e o adulto como se fosse um adolescente. O pai deve manter controle sobre os filhos até eles se tornarem maiores, possuírem a capacidade de entender os limites estabelecidos dentro e fora do lar, aprenderem a autodisciplina. Apenas o ensino da doutrina do Senhor é capaz de conduzir os filhos pelo caminho da retidão, ao desenvolvimento de um caráter irrepreensível e santo, dando a eles a oportunidade para que recebam a informação impactante do Evangelho e através desse conhecimento encontrem a transformação espiritual que os faz novas criaturas, aptos a entrarem no céu (Efésios 6.4).


Por sua vez, o fliho deve obedecer aos pais até que se torne adulto, pessoa independente psicológica e financeiramente, porém, a prestação de honra deve ser exercida por toda a vida. Os pais idosos, merecem muito respeito e admiração, além do cuidado especial, pois antes da velhice chegar doaram muito de sua vida em favor dos jovens para ensiná-los e mantê-los alimentados e saudáveis.


Conclusão



Nem sempre viver em família é o que se pode chamar de "um mar de rosas" ou "um céu na terra". É desejo de Deus, no entanto, promover no lar, o quanto mais profundo e rápido possível, um relacionamento familiar alicerçado sobre o amor e o perdão manifestados para nós na pessoa e obra de seu Filho Jesus Cristo.


A Palavra de Deus ajuda a prevenir e consertar problemas familiares. Então, deve ser usada para essa finalidade. Há algumas maneiras de meditar sobre o conteúdo bíblico e aplicar a meditação no ambiente familiar: 1 - criando um momento diário ou semanal, de pelo menos quinze minutos para conversar sobre assuntos da Bíblia Sagrada; 2 - reunir-se para dialogar sobre passagens bíblicas meditadas particularmente.





A Bíblia é imparcial, justa e verdadeira, a principal ferramenta de serviço na Educação Cristã.


Por Eliseu Antonio Gomes http://belverede.blogspot.com.br


Este artigo é um complemento ao estudo da Escola Bíblica Dominical (EBD) da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). Se você quiser se aprofundar neste assunto e em outros da bíblia sagrada, é só procurar uma igreja Assembleia de Deus no domingo às 9h30.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Supervisor e Vice Supervisor da EBD da IEADPE em Ouricuri foram mudados


O Supervisor Irmão Jocelio e o Vice Supervisor Irmão Lenilton saíram da liderança da Escola Bíblica Dominical na Assembleia de Deus em Ouricuri, nessa ultima reunião que teve domingo passado (19).

O novo Supervisor da EBD em Ouricuri é o Pb. Josivam que dirige a congregação do bairro da COHAB e o Vice Supervisor o Dc. Jeybson que é o filho do Pr Jabson.

A EBD em todo o estado do Pernambuco teve varias alterações e uma delas é no horário, que de 9hs as 9hs30min é para oração, de 9hs30min ás 10hs é para concluir a primeira parte da EBD, de 10hs ás 11hs aula nas salas, e de 11hs30min se encerra a EBD, agora não é mais necessário fazer oração na sala de aula, a oração é feita somente na igreja na oração final.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Escola Dominical: 3º Trimestre terá Filipenses como tema na Revista CPAD



A CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus) divulgou recentemente o tema que será abordado nas Escolas Dominicais de todo o país que utilizam a sua revista, para o 3º Trimestre de 2013. Trata-se da Carta de Paulo aos Filipenses. o subtítulo escolhido foi: "A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja".

 
A escolha do tema reflete a perspectiva que a CPAD vem adotando já há algum tempo de anualmente estudar um livro ou assunto relacionado ao Antigo Testamento e outro ao Novo Testamento, deixando os dois trimestres restantes para assuntos com temática mais abrangente.
 


Fico feliz pela escolha do livro de Filipenses, carta escrita por Paulo quando estava aguardando julgamento em prisão domiciliar, e que, apesar de tais circunstâncias é chamada por Eugene Peterson de "a carta mais alegre de Paulo". Nela, aprendemos a partir do exemplo de Cristo o valor da humildade e a verdadeira base da alegria cristã. Que nos legremos durante este trimestre!

Eis o título das lições:

1 - Paulo e a Igreja em Filipos;
2 - Esperança em meio à adversidade;
3 - O comportamento dos salvos em Cristo
4 - Jesus, o modelo ideal de humanidade;
5 - As virtudes dos salvos em Cristo;
6 - A fidelidade dos obreiros do Senhor;
7 - A atualidade dos conselhos paulinos;
8 - A suprema aspiração do crente;
9 - Confrontando os inimigos da cruz de Cristo;
10-A alegria dos salvos em Cristo;
11-Uma vida cristã equilibrada;
12-A reciprocidade do amor cristão;
13-O sacrifício que agrada a Deus.

Vale a pena lembrar que o 3º Trimestre na EBD começa no dia 7 de Julho e estende-se até o dia 29 de setembro. Max Fajardo

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Divórcio - Lição 7 - EBD - CPAD - 2º Trimestre

A Lei de Moisés permitia que o marido israelita repudiasse sua mulher , mas os motivos pelos quais ele podia tomar tal deliberação tinha algumas restrições:



As vítimas de violência sexual e o divórcio na Lei de Moisés


Na cultura judaica, a reputação arruinada de uma virgem era pior que o estupro. O estuprador israelita era obrigado a pagar o dote ao pai da vítima, o mesmo valor que ele receberia quando ela se cassasse em cerimônia convencional, e depois de casado dar-lhe a proteção do casamento sem a possibilidade de divórcio, sendo obrigado a cuidar da vítima e das crianças resultantes dessa união. A obrigação de casar-se com a vítima estuprada garantia a ela não ficar solteira, rejeitada por não ter a virgindade, e também servia como meio de desmotivar o sexo sem compromisso conjugal (Deuteronômio 22.19, 29; 24. 1-4).


Divórcio e novo casamento no Código Mosaico


Eram tidos como problemas graves na sociedade israelita a mulher ser incapaz de gerar filhos, possuir defeito físico, fluxo irregular de sangue durante a menstrução, proceder descuidamente durante o período menstrual e no descuido outras pessoas ter contato com o sangue. A pessoa que tivesse contato era considerada cerimonialmente impura, o que impelia a todos a exigir cuidados redobrados (Levíticos 15.19, 27).



Se um israelita casasse com uma mulher com este perfil poderia assinar um documento de divórcio e mandá-la embora´de casa. E se depois de divorciada essa mulher viesse a se casar com outro israelita e neste segundo casamento ela ficasse viúva ou outra vez ela se tornasse divorciada, o primeiro marido era impedido de reatar laços matrimoniais com a ex-esposa. 



Nestes casos, entre os judeus não era errado a mulher casar outra vez. A mulher israelita divorciada de dois maridos não tinha impedimento algum para casar-se novamente, desde que não fosse com seu primeiro marido (Deuteronômio 24.1-2). O veto ao primeiro marido era uma maneira de coibir aos homens agirem impetuosamente contra suas esposas e de proteger a reputação das mulheres, que poderia ser vista com alguém imoral e de más intenções.



Divórcio e novo casamento na perspectiva de Jesus



Sobre a questão do divórcio, o ensino de Jesus está registrado em Mateus 5.31-32; Marcos 10.2-12; e Lucas 16.18. Jesus reconheceu que em caso de adultério o divórcio possa ser uma triste medida necessária em caso do cônjuge adúltero ter coração endurecido e não se arrepender de sua infidelidade e manter-se infiel, ou de a parte ofendida ter seu coração endurecido e não ser capaz de perdoar o cônjuge adúltero que se arrependeu e se dispõe a voltar a dedicar-se de maneira correta ao laço conjugal.



Jesus deixou claro reprovar a atitude masculina de desprezar a mulher simplesmente por desagradá-lo, mostrou que não era de acordo com a pouca proteção legal que tinham elas. Lembrou aos judeus que o divórcio é contrário à vontade de Deus, sendo o objetivo divino que o matrimônio perdure por toda a vida. 



Aos rabís que procuraram Jesus preocupados apenas com a letra da Lei, perguntando sobre divórcio e nova casamento, disse-lhes: "Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expóe a tornar-se adúltera, e aquele que casar-se com a repudiada comete adultério" - Mateus 5.32. A resposta esclarece a necessidade de se entender o propósito da Lei e o plano original de Deus acerca do casamento para a raça humana: um homem e uma mulher casados por toda a vida. A intenção do Senhor permanece inalterada ao passar dos anos, não pode ser ignorada por circunstâncias banais, como por exemplo um lapso quanto ao asseio físico individual feminino, a doença, a infertilidade, o ronco durante a noite, o envelhecimento (Lucas 16.16-18).



O divórcio e o novo casamento pela perspectiva do apóstolo Paulo


Paulo, em 1 Coríntios 6.18, abordando as relações sexuais ilícitas nos faz entender que, espiritualmente, o adultério não é um pecado pior do que outros. Porém, produz um bojo de questões ao casamento que os outros pecados não produzem. Paulo esclarece que os outros pecados não atingem o corpo da pessoa, enquanto a prática da imoralidade sexual sim. Em suma, descrevendo isso no vocabulário do século 21, a infidelidade conjugal além de ferir o coração da pessoa traída, também a coloca em risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, e porque é preciso cuidar do corpo como templo do Espírito Santo, a pessoa vítima da infidelidade tem toda liberdade de analisar a situação em que se encontra e divorciar-se se considerar necessário. 


Paulo tratou de outra situação em 1 Coríntios 7.15, quando um cônjuge crente é abandonado por outro, que é descrente. Existem duas correntes interpretativas a respeito. A primeira entende que se o cônjuge descrente simplesmente se afastar, o crente deve permitir que vá embora. No caso dele voltar deve recebê-lo, considerando o pacto matrimonial. O crente desprezado não deveria casar-se outra vez. A segunda interpretação explica que o cônjuge descrente é livre para ir embora, o cristão é livre para conceder-lhe o divórcio e também para casar-se outra vez.

 

Conclusão



Deus concebeu o casamento como exemplo de harmonia e interdependência. Assim como Cristo reúne muitos indivíduos com personalidades e dons distintos como membros do Corpo de Cristo, que formam a Igreja, o casamento combina duas pessoas num vínculo de compromisso duradouro de fidelidade. A sentença "uma só carne" (Mateus 10.8) acentua a união sexual na intimidade da vida a dois, representa também uma profunda fusão espiritual, à medida que duas pessoas unem tempo, recursos, emoções, objetivos debaixo da mesmo teto (1 Coríntios 12.12-13; Efésios 5.21-33).





Por Eliseu Antonio Gomes http://belverede.blogspot.com.br



Este artigo é um complemento ao estudo da Escola Bíblica Dominical (EBD) da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). Se você quiser se aprofundar neste assunto e em outros da bíblia sagrada, é só procurar uma igreja Assembleia de Deus no domingo às 9h30.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Infidelidade conjugal - Lição 6 - EBD - CPAD - 2º Trimestre


Não adulterarás (Êxodo 20.14). Adulterar é o ato de uma pessoa casada relacionar-se sexualmente com outra que não é o seu cônjuge. O adultério é um grave pecado de consequências desproporcionais ao bem-estar da família. Agir como infiel no casamento produz sérias consequências. Gera o afastamento de Deus, acaba com a espiritualidade e torna o lar em pedaços, é o mesmo que desferir o golpe da ruptura da paz no ambiente da intimidade do casal, além de afetar o cônjuge desonrado também fere de forma brutal os filhos, que sofrem demais. Estes são motivos para o Senhor proibir o sexo extra-conjugal, considerá-lo ofensa, e abominar a prática da infidelidade conjugal.


Devido a esses males, na Lei Mosaica a pessoa infiel no casamento era julgada e condenada ao apedrejamento (Levíticos 20.10; Deuteronômio 22.22). O Novo Testamento contém reprimendas aos adúlteros: Romanos 13.9; Gálatas 5.19.

O curso deste mundo tenebroso


Quem adultera não entende o objetivo de Deus para sua felicidade no plano físico; o adúltero destrói violentamente a sua própria alma. É isso que sintetiza Provérbios 6.32.

O diabo trabalha de maneira sagaz, cria ciladas para dilacerar a união conjugal bem-sucedida (Efésios 6.11). O adultério acontece num processo lento: começa na mente com pensamentos aparentemente inofensivos e travestidos de romance-com-final-feliz. Provérbios 5.3 descreve a relação adúltera como prazerosa, porém, tal prazer tem preço altíssimo, sofrimento e dor. Se os pensamentos não são evitados apodrecem a alma e o coração. Ao serem alimentados a consequência é a maldade praticada contra Deus e o cônjuge. É para lamentar, muitos cristãos se deixam levar pelas armadilhas diabólicas fazendo da infidelidade ao seu par um costume. O adúltero é, espiritualmente cego, louco e fraco, pois troca minutos de prazer físico pelas bênçãos divinas, escolhe o prazer temporal em troca de prazeres indescritíveis e eternos, lá no céu (confira: Isaías 59.1-2; 1 Coríntios 6.10; Hebreus 13.4; Apocalipse 21.8; 22.15).

Para as pessoas que não seguem o plano divino, a infidelidade é uma atitude aceitável socialmente. Mas, mantém-se firme a orientação do Senhor sobre justos e injustos: o que Deus ajuntou o ser humano não deve nem pensar em separar (Mateus 19.6). O casal deve vigiar e orar em favor do bem-estar conjugal e bom relacionamento em família (Mateus 26.41). A mente e o coração devem estar guardados no Senhor; usar as Escrituras Sagradas como bússola e com ela realizar auto-análises com o objetivo de aprimorar o convívio. O compromisso de vivenciar as diretrizes da Palavra de Deus aos casais fortalece a união do homem e da mulher, num amor profundo e permanente um pelo outro, gera uma unidade feliz, situação rara neste mundo carente de valores éticos e princípios cristãos.

Cuidados necessários


Reflexão de Steve Stephens: "A maioria dos fracassos conjugais é o resultado da falta de intimidade emocional. Se os dois não se conectam em nível sentimental, lutarão entre si. Muitos casais acham-se desunidos emocionalmente."

Use a prudência como Jesus ensinou, tome cuidado com o que você pensa e vê: Mateus 10.16; 26.41; Salmo 101.3; Filipenses 4.8. Vivemos neste mundo mas não somos dele, e como seres sociais podemos e devemos nos relacionar com diversas pessoas, porém é preciso conhecer e respeitar nosso limite, evitando comprometer a estabilidade do relacionamento conjugal. É preciso saber até onde podemos ir e não ir. Hoje em dia, vivemos numa sociedade em que não é apenas a comunicação presencial que gera riscos ao casamento. Além dos círculos de atividade profissional e relacionamentos na igreja, há a navegação pela Internet também.
1. Emprego: É inevitável conhecer pessoas na empresa e fazer aproximação com quem sentimos mais afinidade e assim produzirmos comunicação permanente com elas. Alguém já disse que honrar é respeitar o outro na ausência. Honremos o esposo e a esposa em ambientes em que estamos distantes.

Muitos cristãos, inconscientemente descuidam-se do seu casamento. Por falta de orientação dedicam-se exageradamente ao trabalho, secular ou eclesiástico, em detrimento de sua família. As horas-extras no emprego roubam a presença atenciosa e carinhosa do marido e do pai em casa. É necessário haver equilíbrio, pois o casamento é projeto de Deus, pois a família é o primeiro rebanho do Senhor e jamais deve ser esquecido ou desprezado (1 Timóteo 3.1-7; 5.8; 1 Coríntios 7.32-34).

2. Igreja: Segundo Barbara Hughes, no livro Disciplina da Mulher Cristã (CPAD), a igreja parece uma comunidade de casamentos sãos. É boa na superfície, com seus cursos de segurança financeira e casas elegantes, com terapeutas matrimoniais para quando houver crises; mas, diz a escritora, não é por esses padrões que Deus mede um casamento. Ela tem plena razão, pois Deus não se atém aos detalhes, mas ao escopo geral, à faixa dos valores assumidos pelo casal.

Ao passar dos dias e anos, para evitar a infidelidade matrimonial, esposo e a esposa devem manter as promessas feitas na cerimônia da igreja e fugir das tentações. A fidelidade resulta em condições para vencer batalhas insuperáveis.

A igreja é uma comunidade para que estabeleçamos laços fraternos de amizade, lugar em que temos a oportunidade de criarmos relacionamentos com pessoas distintas. Há os departamentos de adultos e de jovens.

3. Internet: A invenção que revolucionou a comunicação da humanidade pode ser uma bênção aos casais. Ela proporciona um mundo imenso de novas oportunidades, novos empregos e amizades. A esfera virtual congrega pessoas de diversos tipos e origens, intenções boas e más, então, é preciso muito cuidado diante do monitor, pois a imoralidade e a infidelidade destroem a família. Todo cuidado é pouco quanto às imagens e sites acessados. Não dê margem alguma à pornografia.

Conclusão
Como vai sua família? A família é o bem maior que o Senhor nos concedeu. A vontade divina é que o lar seja um ambiente tranquilo, alegre, confortante, revigorante. Para que o lar seja sempre um aconchego, o casal precisa apreciar um ao outro em todos os aspectos - apreciar é valorizar. Há casais que dão valor imenso para a decoração de casa, há maridos que cuidam bem do rendimento do dinheiro no banco, entretanto se esquecem de dispensar o merecido valor a pessoa com quem escolheu casar-se. Onde estiver seu tesouro também estará seu coração (Lucas 12.34).

O cônjuge jamais deve desprezar o outro, a fim de que suas orações sejam respondidas por Deus e o perigo da deslealdade jamais se aproxime da unidade familiar (1 Pedro 3.7; Malaquias 2.16).

Ame a pessoa com quem você casou-se. O marido deve dedicar seu carinho, sua honra e sua fidelidade à esposa, e de igual maneira ela para ele (Efésios 5.22-28). O amor é um antídoto contra a deslealdade. O amor entre os cônjuges deve ser incondicional, como é o de Cristo pela Igreja.


Por Eliseu Antonio Gomes http://belverede.blogspot.com.br

Este artigo é um complemento ao estudo da Escola Bíblica Dominical (EBD) da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). Se você quiser se aprofundar neste assunto e em outros da bíblia sagrada, é só procurar uma igreja Assembleia de Deus no domingo às 9h30.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Conflitos na família lição nº5 - EBD - CPAD 2º trimestre 2013















Em minha vida de cristão, algumas vezes tive a oportunidade de conversar com casais em conflito matrimonial. A fonte do desentendimento em quase todos os casos era uma interferência externa na vida à dois. O marido que não abre mão de passeios com os colegas solteiros da empresa às sextas-feiras; a sogra do homem ou da mulher opinando no novo lar. Em suma, quando um dos cônjuges põe seu par em segundo plano a crise se estabelece. Notei que todos os casais que usavam o vocabulário "separação" durante as brigas, até mesmo apenas como uma arma de ameaça, como uma forma de atalho à solução de problemas, divorciaram-se.

O divórcio será abordado em outra ocasião com maior profundidade. Por enquanto, lanço uma prévia introdutória.
O tema divórcio quando analisado à luz bíblica sempre causa impacto na sociedade e na vida de muitos cristãos. A geração que está distante do Senhor considera as diretrizes bíblicas polêmicas e dispensáveis,procuram trechos na Bíblia para usar como base que justifique sua separação, enquanto muitos outros cristãos estão confusos devido às abordagens superficiais sobre o assunto. . 
Os judeus contemporâneos de Moisés maltratavam suas esposas. Casavam-se com elas em sua juventude e com o passar dos anos pediam carta de divórcio para atar-se em outro matrimônio com mulher mais jovem. O repúdio, motivado pelo envelhecimento ou quaisquer outros banais, ocorria devido ao estigma que o sexo feminino sofria por causa de Eva, induzida ao engano pela se no jardim do Éden.
Como profeta, Moisés foi autorizado por Deus a conceder o divórcio. A concessão aconteceu por causa de homens duros de coração
"A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele" - Lucas 16.16.
O tempo do Antigo Testamento foi um período em que a mensagem do Senhor é considerada sombras daquilo que viria a ser apresentado de forma perfeita. Embora não possamos desprezar as páginas veterotestamentárias, precisamos ter consciência que os cristãos não são dirigidos pela sombra da Lei, mas por Aquele que é a Luz do mundo, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo ( ). 
Jesus se fez homem para cumprir exemplarmente a Lei de Moisés em nosso lugar, nos desobrigando das práticas e do peso dos rituais judaicos, e nos livrou da maldição eterna que nos condenava. Desde então, a Igreja tem a oportunidade de permitir ser dirigida pelo poderoso Evangelho da Graça, seguir os essenciais ensinamentos do Filho de Deus, que é o único Caminho, a Verdade e a Vida Eterna..
Cristo esclarece sobre o divórcio. Revelou que não concordava com a cultura da sociedade judaica, que estigmatizava a mulher ao ponto de ela ser discriminada e não contada na genealogia dos hebreus. 
A dinâmica do Evangelho coloca marido e esposa em condições de igualdade, ambos estão obrigados a valorizar a instituição do casamento até a morte. A separação por motivos banais não é permitida aos dois. Segundo o entendimento que podemos extrair do Evangelho da Graça é que, o divórcio concedido por Jesus, só é permitido ao homem que foi traído pela esposa que cometeu relação sexual ilícita, e não tem condições de perdoá-la se ela se arrepender do pecado. No caso em que o marido é o adúltero e a esposa traída não quer perdoar, a mesma poderá separar-se por ser vítima de traição conjugal. Entretanto, tanto o homem quanto a mulher que não quiser reconciliar-se, estará cometendo adultério juntamente com quem vier a casar-se. 

Orientação de Jesus: "Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério" - Mateus 19.9.

Os ensinos de Pedro e Paulo sobre o casamento incentivavam a união conjugal, inclusive se um dos cônjuges fosse descrente:
Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações 1 Pedro 3:7.
Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias - Romanos 7.2-3.

"Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido. ( se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido ): e que o marido não se aparte de sua mulher" - 1 Coríntios 7.10-11.
"Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone. E a mulher que tem marido incrédulo e este consente em viver com ela, não deixe o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos. Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz ... A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor. Todavia, será mais feliz se permanecer viúva, segundo a minha opinião; e penso que também eu tenho o Espírito Santo" - 1 Coríntios 7.12-15, 39-40.

Deus é coerente, vivemos no período da Graça Divina, quando Deus nos concede a liberdade plena. Ele deu o casamento e também condições para viver acompanhado de uma pessoa pelo resto da vida. Não convém folhear as páginas bíblicas buscando aval para divorciar-se, mas para encontrar uma mensagem de restauração matrimonial.
A Graça possui parâmetro, que é a Lei de Cristo (Gálatas 6.2). Não devemos ser infratores da Lei do Senhor, uma das formas de desobedecê-la é destratar o cônjuge por causa de sentimentos inúteis. O coração do cristão deve ser límpido, tem a incumbência de apoiar sua companhia matrimonial. 

Não existe entornos no Caminho para o céu. Se o cristão casado se sentir extenuado pelos anos que se passam, precisa lembrar-se que a existência não termina aqui, além-túmulo todos que desprezam a Palavra do Senhor terão que prestar contar ao Autor da Palavra, todas as decisões de rebelião ao projeto do casamento virão à tona e cada ser humano receberá medida justa pelos rumos que resolveu caminhar neste mundo. 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

As bases do casamento cristão - lição 3 - EBD 2º Trimestre 2013 - CPAD


As bases do casamento cristão - lição 3 - EBD 2º Trimestre 2013 - CPAD 




Por Eliseu Antonio Gomes

O cristão precisa compreender a instrução divina quanto ao casamento e aplicá-la como base à sua vida diária. Entender que querer casar deve ser uma decisão resultante do amor sincero, pois estar casado é entrar no relacionamento mais íntimo que podemos viver aqui na Terra.

O que Deus uniu.
"Venerado entre todos seja o matrimônio e o leito sem mácula" - Hebreus 13.4.

Adão e Eva não tiveram pais e sogros. Assim sendo, todos os recém-casados devem buscar a independência emocional e financeira de seus pais, estabelecer núcleo familiar independente, como se não tivessem pais e sogros também. Trata-se de uma separação paterna no sentido de procurar resolver os problemas entre si e crescer juntos em intimidade e união, não é esquecer-se dos pais e desrespeitá-los.


Apesar de o pecado do ser humano interferir no plano de Deus para o casamento, a Bíblia dá diretrizes para um casamento feliz, estável, tranquilo. Todas as passagens bíblicas sobre o tema enfatizam o valor espiritual do casamento, é ensinado que ele deve ser respeitado, honrado e valorizado. O Senhor sempre quis que tanto o homem quanto a mulher se realizassem juntos, criou um relacionamento de total comunhão em que ambos pudessem viver harmoniosamente, desfrutando o amor e companheirismo mútuos com total intimidade. 

Logo no princípio, Deus ordenou que o homem deixasse pai e mãe e unisse à sua mulher, para que ambos fossem "uma só carne." O marido torna-se uma só carne com sua esposa durante o ato conjugal (Efésios 5.31). Tal determinação é a expressão da vontade de Deus para todas as pessoas, ao crente e ao descrente.

O matrimônio é o plano da base familiar em âmbito global. Adão e Eva não escondiam nada entre eles, viviam nus um diante do outro e não se envergonhavam disso. A intimidade sexual é natural no sentido em que o Criador a estabeleceu. Dentro do casamento, a união sexual saudável e prazerosa não acontece apenas por alguns momentos, mas por toda a vida do casal. O sexo foi criado para ser desfrutado com muito prazer e para a procriação do casal no casamento. Deus quer que a humanidade cresça, e através da união legítima entre um homem e uma mulher, multiplique-se. Confira: Gênesis 2.24, 25. 

O amor do marido pela esposa.

O casamento deve ser considerado a principal responsabilidade do homem, ele deve lidar com a relação conjugal pela perspectiva equilibrada, evitando tanto a atitude promíscua quanto um ascetismo rígido.

A Bíblia recomenda solenemente: "Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela." - Efésios 5.25. O verdadeiro padrão do amor do esposo para a esposa é o de Cristo para com a Igreja. Observe o advérbio "como", é um termo que denota modo e sugere comparação. O amor do esposo deve ser tal qual o sublime e corajoso tal qual o amor de Cristo por sua igreja. O marido que não ama a sua esposa desobedece a Palavra de Deus.

O amor do marido pela esposa, ordenado pelas Escrituras, deve ser o mais elevado possível. A Bíblia ensina que o marido deve honrar sua esposa: "Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações." - 1 Pedro 3.7. A insensibilidade do marido faz com que ele perca muito espiritualmente. Infelizmente, nem todos os maridos prestam atenção na necessidade da esposa. Pedro recomenda a eles que expressem amor cuidando dela com respeito, delicadeza e dignidade. Se o marido não consegue manter uma comunicação eficaz com a esposa e filhos sua linha de comunicação com Deus também é interrompida.

O amor de mãe pelos filhos e o marido.

"Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e aos filhos" - Tito 2.3-4.

Uma placa interessante escrita por mulher: "Meu lar é limpo e organizado para minha família ser saudável, mas às vezes também está bagunçado para que ela seja sempre feliz." Tais dizeres têm sabedoria, porque a esposa e mãe não pode se tornar escrava de seu lar. Uma casa alegre tem seus momentos de brinquedos espalhados pelo chão, instantes da bicicleta atrapalhando uma passagem, o tempo das tarefas escolares de filhos sobre a mesa de jantar. A dona de casa não deve estar disposta apenas às realizações das tarefas domésticas, tem que querer envolver-se e divertir-se com o marido e os filhos em casa e em passeios e ou quaisquer outras atividades em família.

A reverencia da mulher ao marido.

“E a esposa respeite ao marido” - Efésios 5.33 b. A esposa precisa apostar nas características positivas do homem que está ao seu lado como marido. A Bíblia Sagrada não sugere que a esposa seja bajuladora ou minta para o esposo. Pede que concentre atenção e destaque para as outras pessoas os traços positivos que ele possui. O apóstolo Paulo nos ensina a focalizar a atenção naquilo que é verdadeiro, respeitável, justo, amável e de boa fama (Filipenses 4.8). Em obediência ao texto bíblico, a esposa precisa manter sua atenção nos pontos positivos e ressaltá-los diante dos filhos, dos seus familiares e amigos.

O casamento resguarda da prostituição.

“Mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido.” - 1 Coríntios 7.2.

Entre marido e esposa é preciso haver conscientização da importância do amor mútuo e verdadeiro para estabelecer uma família. O casamento cristão tem de ser edificado tendo como base o amor a Deus e ao próximo. Sem amor não há casamento feliz. Os cristãos precisam prezar pela santidade do sexo, estabelecer a pureza em seu coração. Aprender as disciplinas da saudade, da solidão, da confiança e do total compromisso com Cristo – um compromisso que não é guiado pelo sentimento superficial da paixão, mas  que preza pela pureza.

As Escrituras contêm firmes admoestações acerca da abstinência do adultério e da fornicação. Paulo fez menção especial aos pecados relacionados ao corpo. Ele claramente afirmou que o corpo do cristão é o seu templo de Deus e pertence ao Senhor (1 Coríntios 3.16; 6.19).

Através do profeta Malaquias, o Senhor repreendeu com dureza os esposos israelitas por serem infiéis à sua mulher (Malaquias 2.13-16). A fidelidade conjugal é indispensável para a estabilidade do casamento. Além de proporcionar segurança espiritual e emocional, coopera ao bom relacionamento conjugal. Sem fidelidade o relacionamento desaba. O laço matrimonial não suporta a infidelidade, o adultério é devastador para o homem e para a mulher (1 Coríntios 6.15-20).

O casal precisa ter união de pensamentos, de sentimentos e de propósitos.

Marido e mulher são iguais nas posses de um para com o outro. O marido deve estar unido à esposa de modo a formar uma unidade, e de igual maneira a mulher ao esposo.

Paulo ensina sobre igualdade e reciprocidade: "O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido” (1 Coríntios 7.3). O verbo "pague' (apodidomi" em grego), significa dar o que está sob obrigação, aquilo que se deve. 

“A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher.” - 1 Coríntios 7.4. As palavras "não têm poder" refere-se ao uso de autoridade. No leito conjugal homem e mulher devem estar submissos ao outro. Deve haver entendimento mútuo entre maridos e esposas, pois existe direito legítimo à pessoa do outro, ambos têm o mesmo poder. 

O casamento na sociedade pós-moderna. 

O casamento não é um contrato com prazo de validade, é uma aliança perene que atende os propósitos divinos, não é de se admirar que venha sendo ridicularizado sistemática e violentamente pela mídia. O modelo que se vê nos filmes, novelas e revistas seculares nem sempre preenche os requisitos das Escrituras Sagradas para o casamento. Confronta o valor do matrimônio por apresentar atitudes negligentes em relação ao sexo, por promover "configurações familiares" sem pureza moral e diferente do que Deus criou. Este modelo é defendido e praticado apenas por pessoas que debocham e desprezam os princípios bíblicos.

A Igreja deve fazer soar a sua voz profética, denunciando tudo que ameaça o casamento monogâmico e heterossexual. Promover o crescimento das crianças, jovens e casais, segundo a orientação da Palavra de Deus, para que a família seja edificada em Cristo.

O sexo e os solteiros.

O sexo antes e fora do casamento é pecado (Êxodo 20.14; 1 Tessalonicenses 4.3).

A virgindade, tanto do rapaz quanto da moça, é sempre importante aos olhos de Deus. A santidade é um requisito básico para a felicidade conjugal, se o namoro ou noivado é marcado por atos e práticas que ofendem a Deus, caminha ao fracasso matrimonial (1 Coríntios 6.18-20). Se você entregou sua virgindade, a mensagem do Evangelho anuncia o novo nascimento, novo começo e nova criação. Busque a santificação (2 Coríntios 5.17; 1 João 1.9).

Os namorados devem vencer a forte tentação da atração física, porque este é o ideal de Deus. A paixão deve ser dominada pelo princípio do amor, não simplesmente um sentimento erótico, romântico ou sexual. Um relacionamento que desconsidera o conceito da castidade está fora da orientação divina A pureza antes do casamento consiste em nos dar pelo e para o outro em obediência a Deus.

Conclusão

Enfim, o casamento é uma instituição criada por Deus e tem o objetivo de ser à base da família e também de toda a sociedade. 1 Coríntios 7 é um tratado a respeito do matrimônio e do relacionamento familiar. O capítulo mostra que o casamento não está e jamais estará ultrapassado. Aborda o relacionamento conjugal entre o marido e sua esposa (versículos 1-6); sobre os solteiros (versículos 8, 9, e25); sobre o casamento cristão e o misto; o casamento e o serviço cristão (12 ao 16; 25 ao 38).
Fonte: Belverede
Este artigo é um complemento ao estudo da Escola Bíblica Dominical (EBD) da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). Se você quiser se aprofundar neste assunto e em outros da bíblia sagrada, é só procurar uma igreja Assembleia de Deus no domingo às 9h30.